
As formas, as texturas, as construções, o estilo de vida e a gastronomia uruguaia – nada escapa das lentes da fotógrafa Roberta Gewehr em sua expedição pelo país vizinho. Experiente na área da arquitetura, ela não desvia o olhar das casas e dos prédios, mas, neste tipo de viagem, a profissional amplia o foco e mira a lente da sua câmera em tudo o que a inspira.

“Eu sou muito apaixonada pela cultura uruguaia, pela arquitetura, gastronomia, moda e pela rotina e estilo de vida dos uruguaios”, revela Roberta, que exalta a “simplicidade sofisticada” do país. Espaços rústicos, o cuidado com os detalhes e a valorização do que é natural – na gastronomia e também na arquitetura – são características destacadas por ela, materializadas nas fotografias que revela. Na mais recente viagem ao Uruguai, realizada a convite da Colla Construções, Roberta dedicou-se a registrar elementos inspiradores que expressam a cultura uruguaia e encantam os admiradores deste lugar.
Em pauta estavam elementos que resgatassem memórias afetivas, lembranças de viagem e despertassem bons sentimentos. A formação em marketing e a experiência no mercado de comunicação e de incorporação imobiliária contribuem para a entrega do “algo a mais” na fotografia. Nas suas fotos, é possível ver além, percebendo a atmosfera elegante e acolhedora a que ela se refere. “Em uma casa de pedra, extremamente simples, vemos um mobiliário extremamente sofisticado que gera sensação de conforto, como se tu estivesses sendo abraçada”, compara.

O Uruguai é uma inspiração para a Colla, especialmente pela relação afetiva dos empreendedores com Punta del Este, onde costumavam passar férias em família. Elementos característicos estão incorporados ao conceito dos novos empreendimentos a serem lançados. “Percebemos, no Uruguai, muito da cultura da Colla, de uma produção artesanal e muita atenção à qualidade do que é produzido”, complementa Roberta.
A formação em marketing e a experiência no mercado de comunicação e de incorporação imobiliária contribuem para a entrega do “algo a mais” na fotografia. Nas suas fotos, é possível ver além, percebendo a atmosfera elegante e acolhedora a que ela se refere. “Em uma casa de pedra, extremamente simples, vemos um mobiliário extremamente sofisticado que gera sensação de conforto, como se tu estivesses sendo abraçada”, compara.
A relação de Roberta Gewehr com a fotografia vem, em parte, da arquitetura. Quando mais nova, as pessoas ao seu redor identificavam suas habilidades e logo diziam que ela seria arquiteta. Acreditando nessas previsões e ciente de suas inclinações artísticas, a fotógrafa chegou a frequentar a graduação em arquitetura, mas decidiu mais tarde pela faculdade de administração. Depois de passar por diversas áreas profissionais, da publicidade ao agronegócio, Roberta decidiu empreender numa área que envolvia a fotografia. Em vez de contratar um fotógrafo, ela mesma decidiu abraçar o ofício e acabou encontrando nessa experiência um caminho de expressão e uma profissão.
“Eu gosto muito de como as artes mais antigas influenciam a fotografia contemporânea”, diz Roberta, que se descreve como apaixonada por todas as formas de arte. Sua admiração abrange desde a fotografia de rua até a de moda, do antigo ao contemporâneo, e desde a arquitetura até os conceitos que inspiram um artista a criar. Sua relação com o mundo da arte é tão profunda que estudar esse universo sempre pareceu natural, uma afinidade que tem moldado sua vida desde cedo.

Ao ser questionada sobre quando percebeu seu talento para a fotografia, Roberta é clara: “talento é o tempo que se dedica a uma coisa”. Sem acreditar em caminhos prontos, ela reconhece que se beneficia do seu amor por esta arte no aperfeiçoamento da técnica, explicando que, a partir do momento em que dominou a prática, passou a fotografar com muita frequência, e de forma remunerada, o que lhe trouxe uma enorme satisfação.
Hoje em dia, passados mais de seis anos de muita dedicação à prática e ao estudo da fotografia, Roberta sente que está amadurecendo uma linguagem própria, um olhar que é muito orientado para a luz natural, para a composição dos elementos da imagem e para a sensação que ela pode evocar na pessoa que observa uma de suas fotos.

A questão sensorial tem relevo nas imagens de Roberta, que muitas vezes as descreve como tendo uma espécie de paladar. “Para mim, parece que eu sinto o sabor da foto” – é assim que a fotógrafa descreve uma imagem que, para ela, produziu os efeitos que buscou ao capturar um ambiente, uma paisagem ou um momento. E quanto maior o desafio para realizar um registro, melhor. “As fotos mais marcantes para mim são as que tiveram o maior desafio”, ela explica e acrescenta que “a dificuldade que eu tive para fazer aquela foto, daquela forma, gera uma sensação muito especial”.
Além da prática, Roberta sugere que uma pessoa que queira seguir esse caminho estude não apenas a fotografia – técnicas e trabalhos de outros artistas –, mas arte em geral, e artistas de peso, de maneira a inspirar e treinar o olhar para a composição das imagens, das obras, dos elementos que compõem uma obra de arte. “Estude arte, acompanhe o trabalho de bons fotógrafos, de bons fotógrafos mesmo”, ela sugere, e garante que em pouco tempo a sensibilidade para identificar o que significa uma boa composição se assentará no olhar. Entre as referências, ela recomenda a pesquisa do trabalho dos fotógrafos Fernando Guerra, de Portugal, Julius Shulman e Vivian Maier, ambos dos Estados Unidos, e da brasileira Lorena Dini, nascida em Minas Gerais e radicada em São Paulo.

A conexão de Roberta com a cultura e arquitetura uruguaia revela muito sobre seus valores e motivações: “eles usam o [material] bruto com o sofisticado de uma maneira incrível. Eles valorizam isso e acho que levam em conta o contexto em que estão, em relação ao campo, à praia, às questões naturais”. A harmonia entre a simplicidade sem exageros e o profundo respeito pela natureza são pilares que ela admira e incorpora em seu trabalho.

Em relação à experiência oportunizada pela Colla no Uruguai, Roberta afirma que ela representou a união da admiração que tem pela empresa com três das suas paixões: a arquitetura, a fotografia e o próprio Uruguai, país que representa um refúgio tão querido para os gaúchos. “Alguns costumes do Uruguai a gente tem bastante forte”, ela ressalta que a expedição lhe trouxe a oportunidade de aproximar esse olhar cultural, que já existe “no contexto de vida, no dia a dia, no lifestyle”, à arquitetura, que é a visão da Colla para o mundo. Para a Colla, um edifício extrapola a sua função ao carregar em si a expressão de um lugar e materializar a essência de uma cultura e estilo de vida.