Oscar Niemeyer sempre foi sinônimo de maestria na arquitetura, com uma boa dose de inovação e ousadia em seus projetos. São fascinantes os imponentes volumes em linhas curvas que se contrapõem às linhas retas e sisudas características da arquitetura moderna.
Moldadas em concreto, as formas sinuosas projetadas por ele transformaram-se em ícones arquitetônicos, como a Igreja da Pampulha (1943), em Belo Horizonte, os edifícios cívicos de Brasília (1950), o emblemático Edifício Copan (1957), em São Paulo, e o museu de arte de Curitiba que leva seu nome, o MON (1967) , entre tantos outros.
A arquitetura orgânica, de formas circulares e sinuosas e suaves, como as das montanhas e dos rios, como dizia Niemeyer, evidencia as obras de outros grandes mestres, de diferentes gerações, como o estadunidense Frank Lloyd Wright, o canadense Frank Gehry, o espanhol Santiago Calatrava, a iraquiana-britânica Zaha Hadid e o brasileiro Ruy Ohtake.
As formas curvas são raras na arquitetura de Porto Alegre. Afinal, há de se considerar a complexidade de execução. Quando surge, a edificação logo se destaca. Foi o que aconteceu com o prédio da Fundação Iberê Camargo (2003), às margens do Guaíba, graças à genialidade do arquiteto português Álvaro Siza.
Em breve, a Colla Construções brindará a cidade com uma edificação de formas curvas que deverá se tornar um ponto de destaque no bairro Bela Vista. O futuro lançamento da Colla será erguido na rua Quintino Bocaiúva e será um dos maiores empreendimentos já construídos pela empresa, marcando a celebração dos 40 anos da empresa. Rafael Colla, diretor da construtora, adianta que a edificação representará a qualidade construtiva de referência da empresa e, também, as pesquisas e o investimento que a Colla tem feito em arquitetura e design nos últimos anos. O empreendimento deverá ser lançado em 2024.