Luz e sombra. Na arquitetura, essas são ferramentas indispensáveis. Quando bem utilizadas, criam efeitos, estabelecem contrastes, revelam volumetrias, garantem conforto e valorizam composições. Indissociáveis, ambas modelam formas e despertam emoções. Essa é a essência do trabalho da Studio FOS, escritório gaúcho especializado em projetos de iluminação. 

“Uma boa experiência reflete na qualidade de vida e por consequência no bem-estar e na saúde das pessoas”, atesta a arquiteta Marina Dalla Lasta Frigeri, sócia-fundadora. Conforto, eficiência e sustentabilidade são, para ela, pilares fundamentais no desenvolvimento dos projetos, determinantes para o planejamento das estratégias. A primeira premissa resulta da garantia da acuidade visual adequada à prática das atividades propostas nos espaços, conforme o perfil da edificação. A segunda é atendida a partir da escolha acertada das tecnologias, para obter-se os efeitos luminosos pretendidos, suas intensidades, e a gestão e controle da iluminação para adequar-se aos vários momentos, atividades e preferências de uso. “A sustentabilidade, outra premissa fundamental para o projeto de iluminação, é poder garantir, ao longo da existência dos espaços, uma fácil manutenção, analisando os fornecedores mais adequados que garantirão que os efeitos instalados inicialmente perdurem com maior longevidade”, complementa Marina. 

Arquiteta Marina Dalla Lasta Frigeri | Studio FOS Iluminação | ATELIER SZ | Projeto: Anil Atelier | Fotos: Roberta Gewehr

Com 20 anos de mercado, a maior parte deles à frente da Studio FOS, ela conta que já são quase 400 projetos de iluminação desenvolvidos, para as mais variadas tipologias, sempre com o mesmo propósito: “oferecer qualidade e proporcionar experiências significativas”. O conhecimento vem da formação, na Faculdade de Arquitetura da UFRGS, aprimorado a partir de 2007, com diversos cursos específicos da área de iluminação, com destaque para o Master em Design e Tecnologie della Luce, no Politécnico de Milão, em Milão na Itália, e, mais recentemente em BIM, pela PUCRS.

Sede Unicred | Studio FOS Iluminação | Arquitetura: Arquitetura Nacional. Foto: Cristiano Bauce

Foi lá na “meca do design mundial” que a ideia de criação do Studio FOS começou a ganhar forma. O ano era 2012 e Marina trabalhava no setor de projetos da Artemide, uma das principais fabricantes de luminárias de design e técnicas da Itália, quando decidiu retornar ao Brasil e fundar um escritório de arquitetura especializado em iluminação. “Como nunca tive intenção de trabalhar sozinha – acredito que evoluímos e aprendemos muito mais quando trocamos ideias e compartilhamos experiências – convidei a minha amiga, também arquiteta, e especializada na mesma pós-graduação do Politécnico, Marília Saccaro, para ser sócia”, detalha. Na ocasião, Marília trabalhava no LD Studio, no Rio de Janeiro, e para a surpresa de Marina, ela aceitou prontamente o convite. O escritório nasceu em Porto Alegre, mas aos poucos migrou para Caxias do Sul e Lajeado, regiões das origens das arquitetas. “Continuamos com a maioria dos projetos na região metropolitana, inclusive a Colla Construções é um dos nossos parceiros. Portanto faz parte da nossa natureza o trabalho remoto e a constante mobilidade para atender nossos clientes”, explica, considerando que a Studio FOS desenvolve projetos em todo o país. 

ATELIER SZ | Studio FOS Iluminação | Projeto: Anil Atelier | Fotos: Roberta Gewehr

Marina nasceu e mora atualmente em Encantado, cidade localizada a 28 quilômetros de Lajeado, onde está uma das bases do escritório. Lá, vive com o marido e os dois filhos pequenos, valorizando a oportunidade de convivência frequente com os avós. A herança familiar, aliás, pode ter influenciado a escolha da profissão. “Meu pai sempre teve uma proximidade com a arquitetura. Ele herdou as ferramentas de marcenaria do meu avô e desenvolveu o hobby de, nas horas livres, executar alguns móveis”, revela. Contudo, ela atribui a decisão às suas paixões, ainda que de áreas distintas: artes, matemática, biologia, física e história. “A Arquitetura é uma profissão multidisciplinar que, a meu ver, consegue resumir tudo isso”, pontua. Marina faz questão de destacar que, na Arquitetura, não se deve ficar restrito somente à parte construtiva. “Deve-se sempre priorizar o indivíduo que está usando e desfrutando os espaços projetados, considerando suas expectativas, necessidades, desejos”, diz.