Uma das coisas interessantes de trabalhar com incorporação imobiliária é a possibilidade de viajar pelo mundo, conhecer lugares e viver experiências tão boas e marcantes que te provoca a vontade de trazer aquilo que tu está vendo fora do teu lugar natal ou do teu trabalho para as pessoas a tua volta, para o bairro, para a vida dos moradores de um futuro projeto. Todo mundo já foi em um lugar legal e surgiu aquele pensamento de saudade ou de gratidão… “ahh, mas seria muito legal se os meus amigos, se a minha família estivesse aqui comigo vendo o que estou vendo e sentindo o que estou sentindo”.

A gente acaba tendo a sensação que precisamos compartilhar com mais gente aquela alegria, a felicidade do momento que foi em grande parte provocada pelo ambiente, pela arquitetura e pelo lugar que estamos visitando. Esse sentimento de memória de guardar um carinho por um momento ou lugar é uma fagulha que normalmente utilizamos como referências para os nossos projetos. Criamos uma ligação forte e um carinho ainda maior com o trabalho porque sabemos que, pelo menos, um pedacinho do que estamos projetando significa ou representa uma experiência ou um lugar que vivemos em família ou entre amigos e que nos fez muito feliz.

Eu e meu pai carregamos uma ligação forte pelo Grêmio, é algo que nos une e reúne , no mínimo, uma vez por semana fora do ambiente de trabalho. Em 2017 fomos juntos para Dubai assistir o Grêmio jogar o campeonato mundial de clubes. Enquanto estávamos lá minha mãe e meu irmão permaneceram em Porto Alegre, o primeiro filho do meu irmão poderia nascer a qualquer momento.

Meu pai, assim como eu, tem um pouco de medo de andar de avião, mas eu não deixaria ele perder essa. Ele precisava estar presente comigo em um evento tão raro quanto assistir ao Grêmio jogando o mundial. Sabendo da possibilidade do nascimento do primeiro neto do meu pai e com a proximidade entre a final da Libertadores e o Mundial daquele ano as passagens estavam escassas. O Voo de retorno no dia 17 só tinha uma vaga, era a chance do meu pai ver o neto nascer, por outro lado, ele teria que viajar sozinho com medo de avião e sem falar o idioma. Ele nunca toparia, então eu decidi contar pra ele no caminho para o aeroporto, colocamos somente a mala dele no taxi. Pai, meu voo é amanhã. Ele ficou apavorado.

O Voo Dubai – São Paulo tem uma duração de aproximadamente 14 horas, deixei meu pai no aeroporto, me despedi, tudo certo… o Ramiro, nome que o filho do meu irmão viria a ter ainda não tinha nascido e futuro vovô já estava no avião, a caminho, para estar junto nesse momento tão importante da nossa família. Meu voo era no dia seguinte e eu tinha mais uma noite para conhecer os Emirados. Fui jantar em um lugar chamado VIDA, durante a janta meu telefone toca e minha mãe me conta que estão indo para o hospital porque o Ramiro já estava vindo fazer parte do nosso mundo.

Uma nova VIDA para a nossa família, um momento importante para a nossa empresa, olho para a frente e vejo o nome do lugar em que estou sentado, sozinho, em um dos momentos mais felizes e singulares que já passei. Como já era sabido não trouxemos a taça do mundial mas a viagem ficou marcada para sempre nas nossas vidas e também na Rua Atanásio Belmonte 236.

Rafael Colla

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